De modo geral, podemos dizer que um aterramento elétrico descreve um fio ligado diretamente à terra. O fio de aterramento é geralmente colocado no corpo dos equipamentos de metal, desviando o excesso de corrente elétrica e evitando sobrecargas. O método é utilizado, dentre outras funções, para proteger o usuário das descarga atmosférica , através da viabilização (qualidade) de um caminho alternativo para a terra, de descargas atmosféricas, além de facilitar o funcionamento dos dispositivos de proteção (fusíveis, disjuntores, etc.).
Normas para um bom aterramento e os tipos de aterramento
Para garantir um bom aterramento, é necesário seguir algumas normas específicas. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possui uma norma que rege o campo de instalações elétricas em baixa tensão. Essa norma é a NBR 5410, a qual, como todas as demais normas da ABNT, possui subseções. As subseções : 6.3.3.1.1, 6.3.3.1.2, e 6.3.3.1.3 referem-se aos possíveis sistemas de aterramento que podem ser feitos . Os três sistemas da NBR 5410 mais utilizados são :
A – Sistema TN-S :
O neutro é aterrado logo na saída do transformador e levado até a carga . Concomitantemente, outro condutor – identificado como PE- é utilizado como fio terra , conectando-se à carcaça (massa) do equipamento.
B – Sistema TN-C:
O sistema TN-C é normalizado, porém não é aconselhável, já que o fio terra e o neutro são constituídos pelo mesmo condutor. Após ser aterrado na terra, o neutro é ligado à massa do equipamento. Nesse caso, a identificação é PEN.
C – Sistema TT :
Esse sistema é o mais eficiente de todos: O neutro é aterrado logo na saída e segue (como neutro) até a carga (equipamento). A massa do equipamento é aterrada com uma haste própria, independente da haste de aterramento do neutro.
Dicas práticas de procedimento
- Haste de aterramento: A haste de aterramento é geralmente feita de uma alma de aço revestida de cobre. Seu comprimento pode variar de 1,5 a 4,0m, sendo que as de 2,5m são as mais utilizadas por reduzirem o risco de atingirem dutos subterrâneos em sua instalação.
- O valor ideal para um aterramento de qualidade deve ser inferior ou igual a 5 ohms. Dependendo da química do solo (quantidade de água, salinidade, alcalinidade, etc.), mais de uma haste é necessária para chegarmos ao valor de 5 ohms.
Nesse caso, existem duas possibilidades: tratamento químico do solo (que será analisado mais adiante), e o agrupamento de barras em paralelo. Uma boa regra para agruparem-se barras é a da formação de polígonos.
Outra regra no agrupamento de barras é manter sempre à distância entre elas, o mais próximo possível do comprimento de uma barra.
Siga as normas cabíveis e faça um aterramento de qualidade.
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ENG. ROBERTO WAGNER